Os semblantes de tristeza ainda evidenciam o sentimento de incredulidade de amigos e parentes com a morte da dona de casa Juranda Medianeira Pereira Dona, 51 anos, ocorrido no último dia 13, na sala de emergência da Unidade Pronto-Atendimento (UPA), em Santa Maria. Cerca de 40 pessoas realizaram, na tarde deste domingo, um protesto pela morte dela.
Mulher morre em sala de emergência de unidade de saúde em Santa Maria
Antes de morrer na UPA, a dona de casa havia procurado atendimento médico, naquele dia e no anterior, por duas vezes, no Pronto-Atendimento (PA) do Patronato. A família sustenta que houve negligência no atendimento à paciente.
O protesto contou com uma oração em frente ao prédio da UPA e se encerrou com amigos e familiares pedindo por justiça. O marido de Juranda, Valdoir Dona, 57 anos, que é agricultor, entende que o caso não deve ser visto como uma fatalidade:
– Poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa. E isso mostra o grau de negligência e de omissão com a saúde pública. Minha mulher chegou viva e, em menos de 15 minutos, foi dada como morta. Estamos arrasados.
A família afirma que registrou o caso na polícia e não descarta ingressar com uma ação judicial por negligência.
Unidades se defendem
A assessoria de imprensa do Sefas, responsável pela UPA, divulgou uma nota em que diz que a paciente teria chegado já em estado crítico, "apresentou um mal súbito e foi prontamente encaminhada à sala vermelha da unidade" e que "durante atendimento foram realizados todos os esforços da equipe de plantão".
Além disso, o documento diz que "embora a UPA estivesse superlotada, havendo em torno de 80 a 100 pessoas esperando por atendimento, a paciente foi atendida de forma rápida, não tendo ocorrido demora ou negligência em seu atendimento".
A assessoria da prefeitura também reitera que a paciente teve o atendimento adequado no PA do Patronato e, ainda, que todos os protocolos preconizados em atendimento de urgência e emergência foram realizados.